PANDEMÓNIO NA TERRA DO CABRAL!
O inferno está cheio de criaturas dos mitos pagãos. Dante vê centauros, o minotauro e o cachorro de três cabeças, Cérbero. Michelangelo inclui Caronte, o barqueiro dos rios Estige e Aqueronte que leva as almas dos pecadores para o inferno. Milton vê a medusa e hidras nas profundezas. Ao longe deslumbram-se figuras que em nada se assemelham a humanos, mas a medida que a distância se encurta os detalhes revelam-se nas caras pálidas com marcas de sofrimento estampada nos olhos profundos e vazios que denunciam que por essas caras uma cascata de lágrimas é algo tristemente repetitivo. Perdidos num silêncio feroz, as almas gritam por socorro, mas tristemente ninguém vem em seu auxílio. Agora que o dia se clareou o inferno se revela, (não o de Dante*) mas o de terra de Cabral, demos conta que o fogo das velas é constante como o choro das viúvas. O destino é ermo e brutal, não faz calor mas o ar é seco e sufocante porque o vento se foi com a esperança, o tempo pertence aos esp