quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ouvi dizer que as chuvas vêem ai de novo… sim é a estação da chuva.


Um trovão como um leão, chama a minha atenção...Ouvi dizer que as chuvas vêem ai de novo… sim é a estação da chuva.

Tenho boas recordações sobre as chuvas quando criança. Na África, as chuvas são antecedidas por fortes trovões, o estrondo provocados por eles é tão avassalador, que durante a interminável sinfonia receamos que a paciência os Deuses com a humanidade finalmente se esgotou, e “eles” resolveram castigar-nos pelas nossas sucessivas afronta. Puro engano, o receio logo se transforma em um misto de alegria e prudência. A carga de água que cai dos céus é de tal forma abundante, que a enxurrada, ameaça destruir toda e qualquer sinal de vida, o receio logo passa, subtituida pela sensação divina de tomar um banho a chuva. Mas porque falar de chuva? Porque dizem que quem é molhado pela chuva, renasce de novo, fica livre dos seus pecados. Porque falar de pecados? Simples, porque o tempo pede uma refleção uregente sobre as ameaças que pairam no horizonte, a xenofobia. Os movimentos da extrema-direita, estão dia pôs dia recussitando, perante a total passividade mundial! Se ontem eram apenas focos, hoje são uma realidade assustadoramente presente por toda a Europa e sem o mínimo receio de exaltação da sua força. Quando o presidente da grande republica francesa, Nicolas Zarcozy, para desviar a atenção da população francesa, sobre os sucessivos escândalos que a sua presidência vivido, resolve “usar” os já de si marginalizados povo cigano, usando como pretexto os alegados crimes cometidos por estes, ordenando a expulsão dessa minoria, sem dar a estes, o seu direito natural de existir e usufruir da fabula utópica criadas pelos próprios franceses, e que esse país exortou o mundo a seguir igualdade, liberdade e fraternidade, ficamos com a certeza que algo de muito podre se passa no reino das “luzes” as forças das trevas parecem querer substituir essa mesma formula por uma menos românticas e repletas de espinhos, como a ironia pode ser perversa.

O mundo observa “tranquilo” o ressurgimento dessa ideologia que aniquilou milhões de seres humanos, ninguém parece importar-se com os campos de extermínios, as câmaras de gás, as valas comuns, por ai fora. Estamos mais concentrados em quezilas palacianas, com as crises financeiras, a questões nucleares, do que na real ameaça que são estes mentes perigosos, que crêem em superioridade desta ou aquela raça, não é suposto existir uma raça apenas… a raça humana? Tenho mais medo a estes “ditos” seres, que aos demónios do eixo do mau, Kin Il Sun, Hugo Chaves, Marmud Armadinjane e Bin Laden, estes não passam de meninos malcriados e brigões no jardim de infancia em busca de atenção, perto desses lunáticos que simplesmente anseiam pelos caos, não hesitando em aniquilar toda uma civilização. Que o presidente francês é um fanfarrão com manias de grandeza, disso, ninguém dúvida, mas, ouvir a senhora Merkel, seguir pelo mesmo diapasão, e proferir palavras, que colocam em checkmate o compromisso do povo alemão na luta contra o xenofobismo, é para deixar qualquer um gelado e incrédulo, pessoalmente não pude deixar de pensar numa Alemanha com cruz suástica. Se na França, as vítimas são os ciganos, na Alemanha são as pessoas de outras nacionalidades, em especial os muçulmanos, a quem uma grande parte da sociedade alemã considera responsável, pela degradação quer económica quer social das suas vidas. Segundo a senhora Merkel, “A tentativa da Alemanha de criar uma sociedade multicultural "fracassou completamente", disse a chanceler alemã. “A Alemanha deverá aumentar a pressão sobre os estrangeiros que não se mostram dispostos a se integrar na sociedade do país. Berlim anunciou que prepara um pacote de leis endurecendo o trato com os imigrantes de difícil adaptação.

A controvérsia sobre estrangeiros na Alemanha começou com o lançamento de um livro do ex-membro da diretoria do Bundesbank, o banco central alemão. A obra acusa imigrantes muçulmanos de, entre outras coisas, contribuir para reduzir o nível intelectual da população alemã. O autor recebeu diversas críticas e foi afastado de seu cargo no Bundesbank. O livro, entretanto, está entre os mais vendidos do país e sondagens mostram que a maioria dos alemães concordam com a tese e temem a influência dos muçulmanos na sociedade alemã.” Há exactos 20 anos Nelson Rolihlahla Mandela, era libertado de seu cárcere. Durante agonizantes 28 anos este revolucionário da liberdade, teve seu corpo aprisionado por um dos mais abomináveis regimes racistas já existentes na face da terra. Devido a sua esperança, perseverança e resistência Mandela ser tornou um símbolo mundial na luta contra o racismo. Imaginemos agora, que o "iluminado" Mandela retribui-se o mesmo tratamento que recebeu durante 28 anos, ou pior que os negros Sul Africanos exigissem-se dos lideres do ANC a mesma politica de segregação que durante anos sentiram na “pele” alguém imagina esse cenários...?

Essa politica baseada na xenofobia para “atrair” votos, não esta limitado somente nestes país, salvaguardando uma e outra nações europeias, o vírus alastrou rápida e perigosamente, reacendo focos de incêndios supostamente apagados. Esta sitação me faz recordar o discurdo do ex-presidente americano Bill Clinton sobre os massacre de Hutus, nesse país africano ex-colonia Belga, na altura o presidente Clinton disse, “ Que era importante que o mundo soubesse que o genocídio perpectuado no Ruanda, não eram espontâneas ou acidentais, que não eram um fenômeno africano, e que nunca deveria ser vista como tal, Já o vimos isso na Europa industrializada, já o vimos na Ásía, temos de ter a vigilância global e nunca voltaremos a nos intimidar face as evidencias”. Estas palavras belas, tocantes e repletas de glanteios do presidente Clinton, não passam de fabulas, a serem relembrados, por isso procureos nas listas dos discursos mais elocuentes, juntamente com outros não menos magistosos de um seletos grupo de estadistas mundiais, que proferem promessas de paz, prosperidade, liberdade e por ai fora. Enfim todas essas sonhos utopicos. A maioria das misérias deste mundo foram causadas pelas guerras e quando estas terminavam, deixando rasto de destruições e ruinas, ninguém se lembrava ou sabia explicar a causa!

Sim, o horizonte esta turva, em breve vai chuver... chuvas ácidas, e nós vamos simplesmente culpar as chuvas...

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