PORQUE A GUINÉ BISSAU NECESSITA DE UM PAIGC FORTE! I


Este post, não se trata de uma defesa ou paixão pelo PAIGC, tenho lido demasiados textos laudatórios de dezenas de Guineenses e estrangeiro, para ter quaisquer intenções de aumentar essa extensa lista. O post, aborda apenas o papel que acredito deve desempenhar o PAIGC na democracia guineense! Sejam quais venham a ser medidas ou entendimento, assumidas pelo actual PAIGC, elas vão afectar toda a Guiné-Bissau! Quando se escreve um texto ou crónica, tudo que não seja na primeira pessoa deve ser impessoal, e despegado, ora então o que esta contida neste post, não é uma declaração de amor, o que esta nela,é de natureza crítica, ou eventualmente muito crítico. Falei com várias pessoas, algumas ligadas ao próprio PAIGC, a conclusão que chego, é, que todos eles têm algo em comum; A INDIGNAÇÃO! “É impossível não sentir indignado perante o desperdício de oportunidades para reformular a sua ideologia” o PAIGC, há muito que esta fraccionada, chega a ter tantos alas, como o número de partidos adversários, as lutas internas e ao seu redor o deixaram fragilizado. Tal como o país, o PAIGC, esta abundado de “senhores doutores de formação duvidosa em muitos casos” cada um ciente que o que têm a dizer é mais importante ou que a perspectiva com que o pode fazer é a que faz mais sentido, por isso a derrota, ou alguém duvide que com união forte, haveria patente com influência suficiente, que pudesse derrubar o primeiro-ministro? (e também presidente do partido)

Os primeiros erros, datam nos finais da década de oitenta, “Os acontecimentos de Outubro abalaram profundamente a imagem do PAIGC não só no plano externo, como também, e fundamentalmente, no plano interno. Para além de ter reforçado a sua perda de legitimidade perante o povo – que agora mais do que nunca se tinha apercebido das divisões no seio do partido, e começou a criar a imagem de que os militantes do PAIGC se assemelhavam aos peixes que se comem mutuamente” A segunda crise dá-se na segunda metade de 1991, quando na sequência da assinatura da Carta dos 121, o PAIGC se divide verdadeira e nitidamente em dois grandes grupos : os que são a favor da mudança e os que, embora aceitando-a formalmente e de coração para fora, tendem a defender o statu quo. Este grupo dos "renovadores", "reformistas" ou "descontentes" que começara a desenhar-se ainda antes do II° Congresso extraordinário de Fevereiro de 1991 viu as suas esperanças de uma verdadeira mudança no seio do PAIGC frustradas aquando da realização desta reunião. Segundo alguns comentadores, o II° Congresso teria sido marcado por uma luta entre três facções que coexistiam na organização : conservadores, reformistas e liberais.

Contínua...


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