sexta-feira, 20 de julho de 2012

PORQUE A GUINÉ BISSAU PRECISA DE UM PAIGC FORTE! II


O PAIGC, não soube lidar com a chegada de partidos opositores, estes, eram jovens e sem a dimensão do PAIGC, no entanto, estranhamente o PAIGC errou na forma de coabitar com estes partidos, quis, incompreensivelmente confronta-los como um estatuto de super partido, quando na verdade já não o era, optou então por um estilo arrogante, desfasado e negligente, o resultado foi caos absoluto, se perdeu entre divisões, disputas, depois da queda do todo poderoso Nino Vieira, nunca ficou claro, quem era o líder do partido, o azedar de relações entre as alas eram sinais evidentes que o PAIGC, não era mais um partido, mais sim, um aglomerado de ego e interesses, fazer planos de carreira dentro do partido era natural, afinal, eram todos combatentes da pátria. Com Bacai e Gadogo, existiu a relação do “correctamente politico” mas longe um do outro!
MAS PORQUE DIGO QUE É NECESSÁRIO UM PAIGC FORTE E UNIDO PARA SER PARCEIRA DA GUINÉ BISSAU, E, PERGUNTAR-SEA, SE SÓ O PAIGC É A SOLUÇÃO?
Não! E, nem é esse o argumento, que apenas um partido é a solução, a Guiné, precisa e deve  ter direito a um PAIGC forte, por múltiplas razões. Primeiro, mesmo que atracão quase espiritual e poderosa de outra hora tenha sido reduzida, ninguém pode negar a existência do elo que una o PAIGC e os guineenses, ela é sacramentada pela história que ambos são protagonistas. Como o maior partido da nação, e como seu histórico, o PAIGC tem um dever moral, e uma obrigação para com todos os guineenses, tem que retribuir os incontáveis sacrifícios que todos guineenses passaram! É, necessário que os seus membros e dirigentes entendam uma premissa que tanto pode ser atribuído aos seres humanos, como aos partidos, “ As coisas que nós acontecem nos anos da nossa formação, tendem a moldar as nossas decisões e a nossa natureza, muito depois desses eventos terem perdido o seu contexto”.
POR ONDE COMEÇAR E O QUE FAZER?
Os fracassos tanto do passado como actuais, em tudo se deve á ausência de reciclagem nos seus quadros, a “velha neblina” do seu esclerótico sistema funcional, tende a aniquilação dos seus propósitos enquanto partido politico proclamados nos celebres dias da sua criação, isso, porque a lealdade dos seus membros parecem ser frequentemente “aberta a negociações”, a Guiné precisa de um PAIGC, que seja exemplo, que transmita a confiança, transparência , sem esquecer de criar novas filosofias que vão de encontro ao desígnio da republica, e dessa forma atingir metas a que se propõe como partido politico e parceiro da Guiné. A juventude, é a chave para o PAIGC voltar a reacender a chama dos tempos gloriosos, porque tal como se encontra actualmente, nada mais é se não uma “instituição desvalorizada” sustentado por politicas e tendências do centralismo.  É na juventude, e na renovação onde o partido fundado por Cabral e seus pares pode se reinventar, não estou a afirmar que se descarte a “velha experiência dos anciões”, longe disso, a mescla entre experiência e juventude, é a receita, contudo, é bom que se entenda que ninguém é insubstituível por mais importante que seja, por isso é vital que o PAIGC se situe nos seus reais problemas, por isso a necessidade de uma reforma profunda, os jovens são o futuro, os mais velho a história, mas é preciso ter em conta que é preciso uma classe intelectuais uma ou mais camadas de intelectuais que  lhe dão  homogeneidade e consciência da própria função, não apenas no campo político, mas também no social e económico. Enquanto os jovens são a base e o oxigénio, e a velha guarda a essência do partido, os intelectuais, levam uma nova percepção de como resolver os problemas do partido, mas também a nível nacional! Um país se renova, com a qualidade e entusiasmo do seus jovens, a integridade e sentido de estado dos seus políticos e instituições. O inusitado status da democracia guineense, por mais difícil que seja a situação, possibilita ao PAIGC uma tremenda oportunidade para mudar a sua mentalidade, acabar com a incoerência e desavenças pessoais dentro do seu núcleo, não se preparar, e, pior insistir voltar ao poder sem uma organização, seria uma insanidade brutal. Não existem alternativas para o PAIGC, porque não é mais uma questão de dignidade, é de sobrevivência, porque ou se permite uma transformação completa ou fica irremediavelmente fadado a fracasso, apesar da sua história multifacetada!
*“ Para um observador distante, a ligação entre o PAIGC e os Guineenses parece tão metafisica como para um surdo o acto de tocar piano parece não ser mais do que meros movimentos de dedos sem músicas”
*Poema pertence ao Rabindranath Tagore, talvez o maior poeta da Índia, vencedor do Prémio Nobel da literatura em 1913! A sua utilização, e mudança, serve apenas para demonstrar a ligação do partido PAIGC com a maioria dos guineenses!

Sem comentários: