sábado, 8 de setembro de 2012

ALESSANDRO HERÓI ZANARDI MITO!



Alessandro Zanardi: Dreams are made of this (Sonhos são feitos disso)

As pessoas vêem as coisas como elas são e perguntam 'por quê?'. Eu vejo as coisas como elas poderiam ser e pergunto 'por que não?'".Bernard Shaw

O blogueiro Rafael Lopes (http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/) disse que “sociais como o Twitter e o Facebook, o uso de algumas palavras acabou banalizado. É o caso da palavra “mito”. Hoje, qualquer um que consiga o mínimo destaque em sua área já é classificado como um deles no imediatismo dessas redes, Não é o caso do italiano Alessandro “Alex” Zanardi, de 45 anos. Este sim pode ser chamado de MITO (assim mesmo, com letras em caixa alta e sem aspas). Nesta quarta-feira, no autódromo de Brands Hatch, na Inglaterra, o ex-piloto de Fórmula 1 e Fórmula Indy realizou um sonho: ganhou a prova contra-relógio do ciclismo nas Paraolimpíadas de Londres, na categoria H4, com um desempenho absolutamente avassalador. Zanardi marcou o espectacular tempo de 24m50s22, 27s18 à frente do segundo, o alemão Norbert Mosandl.” Se na quarta-feira, o mundo ficou maravilhado ao saber que Alex Zanardi tinha conseguido uma medalha de ouro no contra-relógio da variante de ciclismo na categoria T4 (amputados), com o seu "hand-cycle", nesta tarde, de sexta-feira, o Alessandro “Alex” Zanardi voltou a fazer história nas Paraolimpíadas de Londres, foi na corrida de estrada, o piloto italiano de 45 anos voltou a nos emocionar com mais uma medalha de ouro conquistada nos Jogos Paralímpicos de Londres, ele conseguiu, depois de uma dura luta contra outros sete concorrentes. Não duvidem que ele vá conseguir a ultima medalha que falta, a de Revezamento H1-4 – 8/9!

Alessandro Leone Zanardi ou apenas Alessandro Zanardi (Bologna, 23 de Outubro de 1966) é um ex-automobilista, e actualmente ciclista paralímpico, italiano. Alessandro era um pré-adolescente quando sua irmã mais velha, Cristina, uma nadadora promissora e com aspirações olímpicas, morreu num acidente de carro. Ele começou a correr de kart, conseguiu rápido sucesso nas pistas, virou piloto. Ele foi piloto de F-1 e disputou 41 GPs por quatro equipeis: Jordan, Minardi, Lotus e Williams. A caminho dos 46 anos, ele tem um currículo impressionante, apesar de não ter conseguido quase nada na Formula 1 - (apenas um ponto em toda a sua carreira), foi bicampeão na CART, ao serviço da Chip Ganassi, sendo um dos pilotos mais velozes da sua geração na competição americana. Nesta terça-feira, as expectativas eram muitas, e ele conseguiu as cumprir, conseguindo a medalha de ouro. O local, curiosamente, foi num circuito usado para o automobilismo: Brands Hatch. Curiosamente, está quase a fazer onze anos desde aquele acidente em Lausitzring. Aquele acidente do dia 15 de Setembro de 2001.

O pesadelo 

Pouco depois do 11 de Setembro, a CART organizou o primeiro evento desportivo internacional depois dos ataques terroristas no Circuito de Lausitzring, na Alemanha. Acontece que, em vez de uma esperada volta à normalidade, a corrida acabou em um terrível acidente envolvendo Alex Zanardi, campeão na categoria em 1997 e 1998. Depois de um pit stop, o piloto perdeu o controlo do seu carro, e ficou atravessado no meio da pista, no preciso momento, em que o canadense Alex Tagliane, vinha a mais de 300 km, e acertou o monolugar do Zanardi, cortanto o chassi a meio, com embate, as pernas do piloto Italiano foram pura e simplesmente “arrancadas” 99 em cada cem pessoas, quando viu de imediato, enjoou ao ver a violência do embate e achou convictamente que estava morto. Na altura, o italiano perdeu 75 por cento do sangue, no helicóptero, a caminho da mesa de cirurgia, sofreu várias paradas cardíacas e precisou ser reanimado sete vezes. Os cientistas da NASA, que ajudaram a atender o piloto, afirmaram, que era impossível o Zanardi, sobreviver, contrariando as estatísticas e as convicções, sobreviveu. Com sete paragens cardíacas, com meio litro de sangue no corpo e sem pernas.  O facto é que qualquer palavra perde a dimensão diante do feito do italiano.

O regresso, e a condição de MITO!

Depois de terem assistido ao primeiro milagre, colocaram-lhe novo "o caixão à porta", dizendo que a sua carreira estava acabada. Ele fez dessa contrariedade uma oportunidade. E dessa contrariedade, assistimos ao "segundo milagre", quando o vimos a correr de novo, desta vez no WTCC, a vencer corridas pela BMW. A sua primeira, creio que foi em Oscherschleben, deve ter feito chorar muito coração empedernido, porque estava a assistir a um milagre. Alguém, "vindo dos mortos", num carro adaptado, bater pilotos que tem duas pernas, uma para acelerar, outra para frear (travar) e subir com as suas muletas ao pódio para receber o troféu da vitória e ouvir o "Il Canto degli Italiani". Sua vitória nas Paralimpíadas conseguiu a façanha de unir vários adversários nos desejos de parabéns. McLaren, Ferrari, Mario Andretti, Emerson Fittipaldi, Jenson Button, Juan Pablo Montoya, Tony Kanaan, Helio Castroneves, Dario Franchitti, entre outros. Todos reconhecendo o valor do ex-piloto italiano, que superou um gravíssimo acidente. O exemplo do Zanardi, fez emocionar o mundo, a reacção de muita gente, foi chorar enquanto acompanhavam a prova de Zanardi. Ele já tem um novo desafio no horizonte, pilotar nas 500 milhas de indianapolis de 2013! Nada que o Zanardi, venha fazer no futuro, deve surpreender ninguém, porque, é mais fácil o mundo desabar, que o Zanardi, não ser digno da sua palavra!

"Eu sou o Alex Zanardi", "Eu sempre tenho que vir com algo. Tenho um pouco de uma cabeça grande."

Por: Malam Sambú, Flavio Seixas, Rafael Lopes,








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