sábado, 1 de setembro de 2012

ANGOLA - PARA O POVO, E DE ACORDO COM INTERESSES DO POVO


O Presidente angolano José Eduardo dos Santos, e o seu partido MPLA, já são os vencedores das eleições do dia 31 de Agosto, as sondagens de boca de urna e as projecções assim o indicam, isso não é novidade para ninguém, contudo o que deve esperar com esta vitória? Primeiro a postura da UNITA, face ao que vinha anunciando nos dias anteriores ou melhor no próprio dia das eleições mudou, há pouco o "O porta-voz da UNITA Alcides Sakala, anunciou hoje que o seu partido vai reconhecer os resultados eleitorais que avançam uma vitória provisória do MPLA. Para Alcides Sakala, que falava hoje a Rádio Nacional de Angola, a UNITA faz parte do jogo democrático e como tal vai aceitar quaisquer que forem os resultados das eleições, realizadas na sexta-feira, cujos resultados provisórios estão a ser divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral."

Quais os Caminhos?

O MPLA, deveria tirar uma lição dessa vitória, primeiro, seria benéfico tanto para si, como para o sistema democrático do país uma nova governação, ou seja, mesmo saindo vitorioso no ESCRUTÍNIO, seria interessante pensar em um governo com cariz nacional, a inclusão da oposição no novo governo! Depois de 33 anos no poder, o José Eduardo dos Santos, não tem outra alternativa, que não seja uma governação PARA O POVO, E DE ACORDO COM INTERESSES DO POVO, essa é a sua principal responsabilidade neste novo mandato, é imperial que ele passe a ser de facto o presidente de todos os Angolanos, de agora em diante, a sua agenda deve ser a Angola como um todo, e não os interesses do MPLA, a estabilidade da Angola, em muito depende dessas duas premissas. Nunca há um processo eleitoral perfeito, há relatos sobre as irregularidades do processo eleitoral, a própria comunidade internacional parece dividida com estas eleições, uns saúdam o processo outros lançam suspeitas sobre o mesmo! Contudo, é de realçar a postura madura do povo Angolano, é que por vezes, é necessário "engolir" sapos para conseguir os progressos colectivos, apelar a violência seria a pior de todas as alternativas, as mudanças irão acontecer em Angola, mas é preciso tempo, para que as mentes mais preparadas o possam "operar", tem pessoas capacitadas dentro e fora do país, por isso é vital ter paciência, querer resolver todo um manancial de problemas, desigualdades, privações e sobretudo a corrupção de uma só vez, não é tarefa fácil, por isso afirmo que a violência não pode e nem deve ter "acento" neste novo período que se espera seja de transição para uma nova e mais equilibrada Angola, só assim se poderá tirar partido das vantagens que a riqueza do petróleo e diamantes pode e deve proporcionar ao povo.


As empresas estatais, devem ser repensadas, ter um planejamento ao longo prazo, existe vida para além da China e dos Estados Unidos, há outros caminhos, há que pensar em países nórdicos, a tecnologias produzidas por estes podem servir os interesses do povo Angolano, sem contar que são mais baratas, e há um investimento sustentável em novas formas de energias renováveis, a se beneficiar desse processo. A educação deve ter um papel importante nesse período, pensar nas áreas mais com maiores carências, formar profissionais para suprir essas faltas, para isso é preciso uma investimento pesado, para de quatro em quatro anos “abastecer” o mercado com técnicos capacitados. Mas é imperial que se comece pela base, ou seja pelas crianças, todas elas devem ter acesso directo as salas de aulas. Melhor as infra-estruturas, o saneamento básico, a saúde pública mais barata, e acessível a todos quadrantes da população.” Mais saúde equivale a mais riqueza. Além da saúde ter um valor intrínseco e ser um direito do Homem, a perspectiva económica de investir na saúde é uma medida sólida. A boa saúde não se prefigura apenas como um produto do desenvolvimento; ela é também uma das suas bases. Indivíduos saudáveis são mais produtivos, ganham mais, poupam mais, investem mais, consomem mais e trabalham mais tempo, todos estes aspectos têm um impacto positivo no produto interno bruto (PIB) de uma nação. As conclusões de um estudo sobre o impacto da saúde — em função da esperança de vida — sobre o crescimento económico, sugerem que um ano extra de vida faz crescer o PIB em 4%.” Imaginar um cenário que não tenhas estes ingredientes, é complicado, até porque não existem mais outras opções, uma vez que todas elas foram consumidas nos últimos 33 anos de governação! Uma Angola, forte e sólida, é uma notícia excelente para todo o continente africano.


1 comentário:

Giancarlo disse...

Un caloroso saluto...ciao