A ERA DO FALSO MORALISMO E O IMPONDERÁVEL EDWARD SNOWDEM



"Actuei em benefício da saúde da democracia e dos interesses dos cidadãos dos Estados Unidos" Edward Snowden




Quem por ventura achar que vai encontrar neste post algo sobre a vida ou aventuras do agora tão ilustre senhor Snowdem, “perdeu a viajem” como se diz na gíria popular brasileira. Porque haveria de falar dele, afinal o mundo inteiro falou e contínua a falar, e se calhar toda a Galáxia também fala dele, perder tempo com a sua pessoa, não é algo que realmente me interessa, mas que me move, é o seu suposto heroísmo, nada tenho contra o senhor em causa, o que me espanta é a hipocrisia deslavada com 99,9% das pessoas reagiram como se tivessem sido apanhadas de surpresa com as revelações tanto deste senhor como do Julian Assange. The Guardian  (Jornal Inglês) relevou a fonte, deu ao mundo a cara do homem que vazou as informações secretas sobre o programa de espionagem do NSA (Agencia de Segurança Nacional) para Glenn Greenwald, um advogado e blogueiro especialista em direito civil, que também é um cronista do referido jornal. A justificação do Snowdem para defender o seu acto, é que ele divulgou as informações secretas porque “Actuei em benefício da saúde da democracia e dos interesses dos cidadãos dos Estados Unidos. Quando te das conta que o mundo que ajustaste a criar, vai ser pior para as próximas gerações e para as seguintes, e que se estendem as capacidades de arquitectura de opressão, compreendes que é necessário aceitar qualquer risco sem importar com as consequências”, disse o Snowden em um vídeo publicado pelo de The Guardian. Mas para uma maioria (cerca de 55% dos americanos) ele é um traidor, um falso moralista, a “procura dos seus 15 minutos de fama” 
Para uns o senhor Snowden é uns heróis, para outros um traidor, há uma ténue linha entre ser herói e um traidor, pessoalmente não considero um favor as divulgações dessa informações, primeiro porque todos os países têm os seus segredos e suas agencias de segurança nacional, e neste jogo de cartas marcadas ninguém, mas absolutamente ninguém é santo, são todos “Anjos e Demónios” no caso da NSA, o que se questiona, é o uso dessas informações, e é nesse ponto que massa de apoio de Snowdem tem um argumento que não sendo imbatível, é suficientemente poderoso para ter o impacto e a magnitude entre os jovens a escala mundial, porque são os jovens que se sentem mais “atingidos” com os métodos pouco ortodoxos dos Estados Unidos, é um direito, e ela deve e deveria ser irrevogável, a privacidade, se estamos a falar de “violações” de privacidade, o assunto é muito grave, já não se trata apenas dos Estados Unidos, aos que se sabe ou melhor o que nós tem sido relatado, vendido ou mesmo inventado, que seja, são versões de partes envolvente, e como tal cada um sua consciência, a Rússia ao conceder um asilo de uma ano ao Snowdem, diz claramente ao Estados Unidos que é uma nação soberana, e como tal livre para fazer as suas escolhas, o que é louvável e digno de aplausos, mas ao mesmo tempo coloca em risco o acordo que de livre vontade assinou com o seu “parceiro Americano” no que diz respeito a cooperações em termos de justiça, o presidente Puttin disse, que apenas concedia o asilo ao Snowdem, se este parasse de “prejudicar” os seus parceiros americanos, é claro que a posição russa é uma jogada de marketing, perigosa mas que no medio prazo vai render simpatia ao Kremelin.


Os Americanos “perdoam, mas não esquecem”, sou daqueles que defendem que, “Quem não deve não teme”, ainda que o Tio Sam abuse das tácticas na luta contra terrorismo. Alguns líderes mundiais se dizem perplexos e indignados com a suposta ou comprovados actos de espionagem dos EUA, um show de hipocrisia digno de Óscar  todos sabem, e alguns colaboram com este sistema de espionagem, mas perante as câmaras todos se fazem de inocentes e magoados com a atitude dos Yankees, tratando-se dos políticos, este show é típico, mais, faz parte do roteiro. Tenho um particular respeito por alguns jornais ocidentais, ou pelo menos achava, depois deste teatro de quinta categoria, o respeito até pode continuar mas, admiração o “vento levou”, em tempos de crise, vale tudo para vender, até provocar situações potencialmente perigosas entre países! Respeito que pense o contrário das minhas palavras, mas deixo uma observação, SE ALGUÉM ME CONTRATA PARA FAZER ALGO TEORICAMENTE IMORAL, E CONTRA OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LEI E DA DEMOCRACIA, E COM AGRAVANTE DE SER PAGO, COMO POSSO VIR IMPUTAR AS RESPONSABILIDADES MEUS ACTOS A TERCEIROS?

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