HÁ UM RECRUDESCIMENTO DO RACISMO 2


(Parte 2)                                                                                                      


Nos últimos anos a ONU, realizou três conferências internacionais para combate ao racismo. A última foi a de Durban (África de Sul) de acordo com o ex-relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU para as Formas Contemporâneas de Racismo e Discriminação, o senegalês Doudou Diène, “Estamos assistindo à legitimação intelectual do racismo de uma forma que não víamos alguns anos atrás. Samuel Huntington, professor da Universidade Harvard, publicou recentemente o livro Where Are We? ("Onde estamos?"), Cuja tese principal é que a presença dos latinos na América do Norte é uma ameaça à cultura norte-americana. É um livro de muitas páginas, que legítima a discriminação da população latina nos Estados Unidos.” Mas que não se pense ou deixemos levar pelo sentimento Anti-americanismo há realidades muito complexas no mundo, é cada vez maior o número de partidos políticos que adoptam discursos racistas. Na Europa, alguns partidos xenófobos vêm obtendo 15%, 20% dos votos. Isso é muito grave, conclui.


A Itália, a nomeação de uma ministra negra (pela primeira vez na sua história) gerou tanta polémica nas “hostes” da política italiana, que tem deixado a maioria dos italianos envergonhados e indignados com declarações racistas de alguns senadores e deputados, levando até a explosões de alguns deles dos seus próprios partidos. Cecile Kyenge, de origem congolesa, a ministra da Integração italiana confessa que, às vezes, se sente "cansada" dos insultos e ofensas de que tem sido alvo por ser de raça negra, mas assegura que esses ataques não a farão desistir da sua missão. 


No Brasil, segundo o  ex-relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU para as Formas Contemporâneas de Racismo e Discriminação, o senegalês Doudou Diène, “2001, na última conferência internacional contra o racismo, realizada em Durban, na África do Sul, o então presidente Fernando Henrique Cardoso reconhecia a realidade do racismo” a quando da sua visita a Brasil, o relator falou da realidade que viu em brasil, “Notei uma grande diferença entre o reconhecimento do racismo pelos aparelhos de Estado e a vontade manifesta de combatê-lo, quando não a própria negação de parte de algumas autoridades, Portanto, tiro duas conclusões preliminares sobre a pergunta. Uma é que o racismo certamente existe no Brasil e a outra é que ele tem uma dimensão histórica considerável.” 

Recentemente o 5° homem mais poderoso sistema politico brasileiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse que: “Brasil não está preparado para um presidente negro” segundo ele porque, “ainda há bolsões de intolerância racial não declarados no Brasil, No momento em que um candidato negro se apresente, esses bolsões se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato. Já há sinais disso na média, As investidas da “Folha de S.Paulo” contra mim já são um sinal”. Não sejamos ingénuos, estamos perante a um problema serio, e o velho método para o resolver falhou, se não vejamos, nem o homem mais poderoso do mundo, (que por sinal é um negro) escapou de tais insultos e ofensas racistas…

As pessoas vão a igreja não porque acreditam que Deus seja Preto ou Branco, vão pela sua fé e suas convicções, da mesma forma que Deus gosta de variedade de cores!” Malam Sambú 

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