“Na hora de sermos intolerantes, perversos e
maquiavélicos, não nos apresentamos como Brancos ou Pretos, nessas horas de
insanidade, somos
apenas humanos sedentos por crueldade, malícia e caos, apenas e só!“ Malam Sambú
Já se
passaram mais de um século desde da implementação da lei Áurea, o Apartheid,
pelo menos na teoria foi erradicada há anos, a segregação racial, é uma
“mancha” na alma dos humanos, o ser humano tem uma capacidade extraordinária
para “esquecer” ou fazer-se de esquecido acerca de acontecimentos terríveis da
sua história, mesmo quando os fantasmas ameaçam voltar de novo, ele
simplesmente as ignora, os dias da intolerância racial, estão a voltar…
As
feridas provocadas pelo racismo, não me parecem que possa cicatrizar apenas com
pequenos e tímidos gestos, tanto de uma parte como de outra, primeiro, é
preciso deixar de lado o politicamente correcto e reconhecer, que apesar de
todos os esforços o racismo é um problema que persiste. Os casos de racismo,
acontecem a cada esquina, seja em que país for, o preconceito racial, vai muito
além de um acto criminal, aqueles que nunca sofreram preconceito contra sua
cor, religião, ou opção sexual, nunca serão capazes de entender o que
representa esse abominável demonstração de ignorância, e o mais irónico, é que
mesmo dentre aqueles que o praticam, ninguém sabe exactamente porque é racista,
o que pode levantar uma questão, Será o racismo um acto cultural, que mescla
raiva, medo, resistência a criação de laços familiares ou afectivos? Vista
desse contexto, não há um consenso, até porque o ser humano é tudo mesmo
consensual, não é da nossa natureza, até porque, “No melhor dos mundos, não
conseguiremos suprimir a natureza irremediavelmente cruel do homem”, o
preconceito preconcebido que evolui de um estágio de crença na superioridade de
hierarquização racial, ainda que ao longo do tempo tenha diminuído, essa
intolerância e inimizade, esta de volta mais perigoso que nunca, esteve
escondido mas trilhou o caminho de volta em proporções alarmantes em muitos
países, a própria ONU se diz “PERTURBADO” com o crescimento do preconceito
racial. Não são mais “sinais” é uma realidade concreta, “HÁ UM RECRUDESCIMENTO
DO RACISMO”
Continua!
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